quarta-feira, 31 de agosto de 2016

A História da Memória

Memórias são os dispositivos que armazenam informações. As memórias encontram seu grande emprego no campo da informática, sendo utilizadas principalmente em computadores e periféricos. São também utilizadas em outros sistemas com microprocessadores, tais como: kits e projetos específicos. Armazenam dados para endereçamento, programação para constituir o conjunto de programas internos para funcionalidade do próprio sistema. Outro tipo de aplicação consiste em utiliza-las para executarem quaisquer funções de circuitos combinacionais, e ainda, com o auxilio de contadores comuns e conversores, gerar formas de onda de diversas maneiras de modo mais simples.
Podemos classificar as memórias em vários itens diferentes: 

Acesso


As memórias acessam informações nos lugares denominados localidades de memórias. Cada uma das localidades de memórias possui um conjunto de bits que nos permite seu acesso. A este conjunto de bits damos o nome de endereço.
O tempo de acesso de uma memória é o tempo necessário desde a entrada de um endereço até o momento que uma informação apareça na saída.
Podemos ter acesso a uma dada localidade de memória de duas maneiras diferentes:
Acesso sequencial: As memórias que utilizam o acesso sequencial, dado o endereço de uma certa localidade, permitem que se cheguem até esta, passando por todas as localidades intermediarias. As memórias mais comus com este tipo de acesso são as que operam com fitas magnéticas, sendo utilizadas como memória de massa em computadores (para grande quantidade de dados).
Uma característica importante deste tipo de acesso é que o tempo de acesso depende do lugar onde a informação esta armazenada. No caso da fita, se uma informação estiver no fim do rolo, necessitamos enrola-la até o ponto desejado, logo o tempo de acesso será longo. Caso a informação esteja no inicio da fita, o tempo de acesso será menor.
Acesso aleatório:  As memórias  que utilizam o acesso aleatório, dado um endereço de uma certa localidade, permitem que se chegue até esta diretamente, sem que necessitamos passar pelas localidades intermediarias. As principais memórias com este tipo de acesso são também conhecidas como RAM (Random – Acess Memory). São largamente utilizadas em sistemas digitais programáveis. Possuem a grande vantagem de ter um tempo de acesso pequeno e igual para qualquer uma das localidades de memória. 

Volatilidade


As memórias podem ser VOLATEIS ou NÃO – VOLATEIS.
Voláteis: São aquelas que, ao ser cortada a alimentação perdem as informações armazenadas. São memórias feitas, geralmente a partir de semicondutores e na maioria das vezes possuem como elemento de memória o flip – flop. Um exemplo típico é o da memória RAM.
Não voláteis: São aquelas que mesmo sem alimentação, continuam com as informações armazenadas. Dentre essas se destacam as memórias magnéticas: ROM, PROM e EPROM. 

Troca de Dados


No que se refere a troca de dados com outros componentes do sistema, as memórias podem ser de escrita/leitura ou memória apenas de leitura.
As memórias de escrita/leitura são aquelas que permitem acesso a uma localidade qualquer para armazenar a informação desejada, alem disso permitem acesso também para a leitura do dado. As memórias RAM também se enquadram nesta situação.
As memórias apenas de leitura, como o próprio nome diz, são aquelas em que as informações é fixa, só podendo efetuar-se a leitura. São também conhecidas como ROM (Read-Only).

Tipo de Armazenamento


Quanto ao tipo de armazenamento, as memórias classificam- se em estáticas e dinâmicas.
As memórias de armazenamento estático são aquelas em que uma vez inserido o dado numa dada localidade, este la permanece. 
As memórias de armazenamento dinâmico são aquelas  em que necessitamos inserir a informação de tempos em tempos, pois de acordo com as características de seus elementos internos, perdem essas informações após um determinado tempo.
As memórias de armazenamento estático a presentam a vantagem de possuir uma utilização de maneira mais fácil que as dinâmicas.
A computação começou nos anos quarenta e utiliza a melhor tecnologia disponível para armazenar dados; primeiro, válvulas, e mais tarde, fitas magnéticas. À medida que a tecnologia melhorou e se miniaturizou, estes dispositivos se tornaram cada vez menores ao mesmo tempo em que armazenavam cada vez mais informações. Dos anos sessenta até hoje, a tecnologia de memórias continua avançando, aumentando a velocidade e funcionalidade de computadores, telefones e outros aparelhos digitais. Válvulas mais complexas possuíam várias placas internas e eram capazes de armazenar muito mais dados. O Computador e Integrador Eletro-Numérico, ou ENIAC, usava 20.000 válvulas de base octal para calcular até vinte números de até dez casas decimais cada.

Memória de núcleo magnético


No fim dos anos quarenta, memórias de núcleo magnético foram desenvolvidas em uma tentativa de capturar e armazenar dados enquanto a energia era desligada e as válvulas perdiam alimentação. Esta foi a memória não-volátil mais estável até que o transistor foi inventado.

Memória de núcleo de ferrite


A memória de núcleo de ferrite foi usada por um curto período de tempo durante a mesma época. Ela foi construída com uma matriz de anéis ou núcleos de ferrite envolvidos com fios que saíam para os lados. Cada anel ou núcleo poderia manter uma memória de uma carga magnética transmitida a ele por um certo tempo. Esta era um tecnologia difícil de miniaturizar e por isso acabou fracassando.

Memória de semicondutor


Os chips semicondutores são o tipo de memória que utilizamos atualmente. Em 1968, quando eles foram colocados à venda pela recém formada Integrated Electronics Corporation (mais tarde Intel), estavam muito aquém do que são hoje. Os primeiros chips comerciais suportavam apenas 2000 bits, ou 2k, de memória cada (um pequeno e-mail talvez seja quatro vezes este tamanho, com 8k).
A DRAM (Memória de Acesso Aleatório Dinâmico) é o padrão de memória que perdura até hoje, mas para chegar aos atuais módulos, a história teve grandes reviravoltas. Em 1970, a Intel lançou sua primeira memória DRAM, porém, o projeto não era de autoria da fabricante e apresentou diversos problemas. No mesmo ano, a Intel lançou a memória DRAM 1103, que foi disponibilizada para o comércio “geral” (que na época era composto por grandes empresas). A partir da metade da década de 70, a memória DRAM foi definida como padrão mundial, dominando mais de 70% do mercado. Nesse ponto da história, a DRAM já havia evoluído consideravelmente e tinha os conceitos básicos que são usados nas memórias atuais.
Foi com a popularização dos computadores e o surgimento da onda de PCs (Computadores Pessoais) que houve um salto no tipo de memória. Num primeiro instante, as fabricantes adotaram o padrão SIMM, que era muito parecido com os produtos atuais, mas que trazia chips de memória em apenas um dos lados do módulo. 
A tecnologia FPM (Fast Page Mode) foi utilizada para desenvolver algumas memórias do padrão SIMM. Módulos com essa tecnologia podiam armazenar incríveis 256 kbytes. Basicamente, o diferencial dessa memória era a possibilidade de escrever ou ler múltiplos dados de uma linha sucessivamente.
Depois de mais de 30 anos de história, muitos padrões e tecnologias, finalmente chegamos aos tipos de memórias presentes nos computadores atuais. No começo, eram as memórias DDR, que operavam com frequências de até 200 MHz. Apesar de esse ser o clock efetivo nos chips, o valor usado pelo barramento do sistema é de apenas metade, ou seja, 100 MHz.
Do padrão DDR para o DDR2 foi um pulo fácil. Bastou adicionar alguns circuitos para que a taxa de dados dobrasse novamente. As memórias DDR2 mais avançadas alcançam clocks de até 1.300 MHz (frequência DDR. Avanços em miniaturização tem permitido a esses chips se tornarem mais rápidos e mais potentes, mas a tecnologia base continua sendo a mesma.



Fonte:PTComputador

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